domingo, 28 de agosto de 2011

John Coltrane - O jazz como expressão da alma My Favorite Things 1965

Por Helton Ribeiro

Clique Para ampliar! Ele foi o mais importante saxofonista surgido depois de Charlie Parker, desenvolvendo um novo modo de tocar que ampliou os horizontes do jazz.

John Coltrane evoluiu do hard bop para o jazz modal e o free, incorporando estruturas da música indiana e imbuindo suas interpretações de forte carga emocional e mística.

Suas “sheets of sounds” (sequências de notas tão rápidas e longas que davam a impressão “folhas” ou camadas de som) tornaram-se um desafio para os saxofonistas.

John William Coltrane nasceu em Hamlet, Carolina do Norte, em 23 de setembro de 1926. Tocou em grupos de rhythm & blues e depois com Dizzy Gillespie e Johnny Hodges.

Atingiu a maturidade musical no lendário quinteto de Miles Davis nos anos 50, no qual permaneceu de 55 a 60, tendo participado do disco “Kind of Blue”, marco do jazz modal. Nesse período também fez uma histórica colaboração com Thelonious Monk e lançou, em 59, “Giant Steps”, sua primeira grande obra como líder, na qual já esboçava as “sheets of sounds”.

Ao deixar Miles, formou o clássico quarteto que incluía McCoy Tyner (piano) e Elvin Jones (bateria). Ainda em 60, lançou “My Favorite Things”, outra obra-prima.

Suas experimentações atingiram a plenitude em “A Love Supreme”, de 64, onde ele mergulhou na música indiana e no espiritualismo. “Ascension”, de 65, marca sua adesão ao free jazz.

Ele estava no auge da carreira quando, em 17 de julho de 67, morreu de infecção hepática em Huntington, Nova York.

5 comentários:

  1. Gosto muito do Coltrane, mas justamente quando vai procurar, música atonal, free, coisas indianas aí fica difícil, até então um magnífico músico, bem .... pode até se superado como músico entre os músicos, mas para meu gosto de música fica difícil. Mas ótima postagem.
    Mario JOrge

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  2. MARIO O QUE EU ACHO QUE ELE ESTAVA ANOS LUZ NA FRENTE DE VARIOS SAXOFONISTAS AI CHEGOU O MOMENTO PARA NOSSA TRISTEZA QUE ELE RESOLVEU EXPERIMENTAR AI FICOU HORRORSO ..UMA PENA.. MAS SUA SONORIDADE É ALGO QUE ATE HOJE TEM QUE SER REFERENCIADA VALEU AMIGO FORTE ABRAÇO

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  3. Paulo R Pinheiro falou
    Eu prefiro acreditar que ,a partir de “A Love Supreme”, JC passou a tocar para ele mesmo.Sua alma teria partido para uma outra dimensão; seu corpo seguiria o mesmo caminho em julho de 1967 – conforme consta da postagem- tendo como pretexto uma infecção hepática.

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  4. Meus caros amigos do Renajazz,

    Coltrane foi uma voz e técnica de sax-tenor ímpar no jazz. Todavia, como enfatiza o meu amigo "Mestre Major" aí acima, também como o Miles Davis passou a ter sua "fase intolerável". Poderia dizer que Coltrane teve duas fases: Antes do sax-soprano e depois do sax-soprano.
    Miles partiu para a "turma do kilowatt" e desfigurou-se.
    Perguntaqndo a Teddy Wilson, quando aqui esteve no Municipaldo Rio de Janeiro, sobre a mudança ocorrida com Miles, ele simplesmente respondeu-me:

    - "HE SHOULD HAVE MORE RESPECT TO HIS PUBLIC"

    Abçs.

    Nelson Reis

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  5. realmente e uma pena meu caros nelson e paulo roberto mas e por isso que eu aindo curto a sua melhor fase como nos solos de LOVE FOR SALE MILES E CANONBALL

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