Chick Corea conquista mais um Grammy com CD ‘Forever’
Pois foi este disco que conquistou, no último domingo, o 54º Grammy (ano–base
setembro de 2010–outubro de 2011) na categoria melhor álbum de jazz
instrumental, à frente dos outros quatro discos também muito relevantes que
estavam na disputa: Road shows, vol. 2 (Doxy), registro parcial do
concerto dos 80 anos do saxofonista-maior Sonny Rollins, em outubro de 2010, no
Beacon Theatre de Nova York; The Paris sessions (Emarcy), do trio do
ascendente pianista Gerald Clayton; Alone at The Vanguard (Palmetto),
iguaria fina, sem acompanhamento, do mestre-pianista Fred Hersch; Bird
songs (Blue Note), com o quinteto Us Five do saxofonista Joe Lovano
(Esperanza Spalding no baixo, James Weidman ao piano e os bateristas Francisco
Mela e Otis Brown III).
Há três anos, Chick Corea levou para casa o Grammy da mesma categoria, por conta do volume 2 do
duplo The new Crystal Silence (Concord), que documentou
sublimes duetos com o vibrafonista Gary Burton, em 2007, na excursão europeia comemorativa do 35º aniversário do primeiro
encontro dessa dupla que permanece como uma entidade criativa única.
No volume 1 de Forever, o trio acústico de Corea recria quatro dos oito temas tratados no Grammy winner de 2008-9: Bud Powell (7m05), No mystery (10m50) e Señor Mouse (12m), peças do pianista, e Waltz for Debby (9m50), de Bill Evans. Há ainda a valsinha Windows (8m50), que Corea lançou no antológico LP Now he sings, now he sobs (Blue Note, 1968); Hackensack (7m25), de Thelonious Monk; La canción de Sofia, do baixista Clarke; e On Green Dolphin Street (8m40), o inesgotável standard de Bronislav Kaper (1902-83).
Daqui a um ano, é bem provável que o irrequieto, camaleônico e prolífico Chick Corea seja novamente indicado para o Grammy. É que ele vem de lançar dois álbuns – ambos também duplos – de concepções bem distintas, que já recebem aplausos calorosos da maior parte dos reviwers: Further explorations (Concord) e The Continents (Deustche Grammophon).
O primeiro foi gravado em maio de 2010, em vários sets, no clube Blue Note, em trio com Paul Motian (bateria) e Eddie Gomez (baixo), e foi inspirado na música dos inesquecíveis trios de Bill Evans, integrados em épocas diferentes por Motian e Gomez. São ao todo 19 faixas, entre as quais reinterpretações de temas marcantes de Evans, como Very early, Turn out the stars, Laurie e Peri’s scope. Corea não se esquece também de Gloria’s step, de Scott LaFaro. E ainda oferece uma versão surpreendente de Little Rootie Tootie (Thelonious Monk).
Já o primeiro volume de The Continents é uma composição na linha da Third stream music: um concerto para quinteto de jazz e orquestra de câmera, de seis partes (África, Europa, Austrália, América, Ásia, Antártica). O quinteto é formado por Corea, Tim Garland (sax, clarinete baixo, flauta), Steve Davis (trombone), Hans Glawischnig (baixo) e Marcus Gilmore (bateria). A orquestra é conduzida por Steve Mercurio, e inclui o Harlem String Quartet e o conjunto de sopros Imani Winds. O segundo volume do álbum, também gravado em junho de 2011, apresenta o jazz combo em quatro temas (dois de Kenny Dorham, um de Corea e Just friends), e o grande pianista numa série de 11 solos, variando entre um e sete minutos.
No volume 1 de Forever, o trio acústico de Corea recria quatro dos oito temas tratados no Grammy winner de 2008-9: Bud Powell (7m05), No mystery (10m50) e Señor Mouse (12m), peças do pianista, e Waltz for Debby (9m50), de Bill Evans. Há ainda a valsinha Windows (8m50), que Corea lançou no antológico LP Now he sings, now he sobs (Blue Note, 1968); Hackensack (7m25), de Thelonious Monk; La canción de Sofia, do baixista Clarke; e On Green Dolphin Street (8m40), o inesgotável standard de Bronislav Kaper (1902-83).
Daqui a um ano, é bem provável que o irrequieto, camaleônico e prolífico Chick Corea seja novamente indicado para o Grammy. É que ele vem de lançar dois álbuns – ambos também duplos – de concepções bem distintas, que já recebem aplausos calorosos da maior parte dos reviwers: Further explorations (Concord) e The Continents (Deustche Grammophon).
O primeiro foi gravado em maio de 2010, em vários sets, no clube Blue Note, em trio com Paul Motian (bateria) e Eddie Gomez (baixo), e foi inspirado na música dos inesquecíveis trios de Bill Evans, integrados em épocas diferentes por Motian e Gomez. São ao todo 19 faixas, entre as quais reinterpretações de temas marcantes de Evans, como Very early, Turn out the stars, Laurie e Peri’s scope. Corea não se esquece também de Gloria’s step, de Scott LaFaro. E ainda oferece uma versão surpreendente de Little Rootie Tootie (Thelonious Monk).
Já o primeiro volume de The Continents é uma composição na linha da Third stream music: um concerto para quinteto de jazz e orquestra de câmera, de seis partes (África, Europa, Austrália, América, Ásia, Antártica). O quinteto é formado por Corea, Tim Garland (sax, clarinete baixo, flauta), Steve Davis (trombone), Hans Glawischnig (baixo) e Marcus Gilmore (bateria). A orquestra é conduzida por Steve Mercurio, e inclui o Harlem String Quartet e o conjunto de sopros Imani Winds. O segundo volume do álbum, também gravado em junho de 2011, apresenta o jazz combo em quatro temas (dois de Kenny Dorham, um de Corea e Just friends), e o grande pianista numa série de 11 solos, variando entre um e sete minutos.
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